“Em resposta a essa mudança, modificamos o algoritmo de gravação para ser mais sensível aos sinais da população neural, melhoramos as técnicas para traduzir esses sinais em movimentos do cursor e aprimoramos a interface do usuário”, explicou a Neuralink, em seu blog. Com isso, a companhia conseguiu manter a leitura do implante mesmo com a quantidade reduzida de fios, sem a necessidade de removê-lo.
Segundo o The Wall Street Journal, um fator que pode ter contribuído para que os fios fossem removidos é que o ar ficou preso dentro do crânio de Arbaugh após a cirurgia, uma condição chamada pneumoencéfalo. Já especialistas ouvidos pela Bloomberg afirmam que as complicações podem ter surgido em decorrência do movimento do cérebro dentro do espaço intracraniano.
Apesar do revés, Arbaugh tem conseguido utilizar o sistema em torno de oito horas por dia durante a semana e até 10 horas nos finais de semana, interagindo com interfaces digitais usando apenas o cérebro.
O problema no implante foi revelado em um momento em que a Neuralink tenta implantar seu dispositivo em mais pacientes humanos, o que pode gerar atrasos no processo de aprovação da agência americana para alimentos e medicamentos, a Food and Drug Administration (FDA).