A Justiça recebeu no dia 17 de outubro uma denúncia do Ministério Publico da Bahia (MP-BA) contra cinco pessoas suspeitas de envolvimento na morte do líder indígena Lucas Santos de Oliveira. O cacique foi morto a tiros no dia 21 de dezembro de 2023, na cidade de Pau Brasil.
Em nota, o MP-BA informou que Amatiry Fernandes Santos, Emerson Farias Fernandes, Michael Cardoso de Oliveira, Sandoval Barros dos Santos e Fábio Santos Possidônio tiveram as prisões preventivas decretadas. Amatiry e Emerson estão foragidos.
As investigações da Coordenação de Conflitos Fundiários da Polícia Civil apontam que o homicídio foi planejado e executado pelo grupo que, em maioria, integra uma facção criminosa envolvida com o tráfico de drogas no sul da Bahia.
O crime teria sido ordenado de dentro do Presídio de Itabuna por Fábio Possidônio e cometido em represália a Lucas, que teria colaborado com a polícia denunciando o crime organizado e o tráfico na região.
Além disso, uma disputa pelo cargo de diretor do Colégio Estadual Gerson de Souza Melo Pataxó contribuiu para que Lucas fosse considerado um desafeto dos traficantes. Ele lutava pela defesa dos direitos indígenas, era líder comunitário e exercia as funções de cacique do Povo Pataxó Hã Hã Hãe.