O Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA) denuncia 14 acusados de envolvimento em uma rede criminosa formada por 23 empresas que serviram de fachada para lavagem de dinheiro de atividades do jogo do bicho e máquinas caça-níqueis na Bahia.
O esquema, que de funcionou de 2010 a 2020, teria movimentado cerca de cinco bilhões de reais. Todas as empresas eram ligadas a ‘Paratodos’, uma companhia sem registro legal envolvida com jogos de azar.
As denúncias fazem parte das investigações que resultaram na ‘Operação Lei Para Todos’, iniciada nesta quarta-feira (18).
A Justiça já recebeu a denúncia do MP contra as 14 pessoas, que aparecem como sócias das empresas, e determinou o bloqueio de contas e bens.
Foram apreendidos 91 veículos e 58 imóveis. Além disso, ainda foram expedidos ofícios para a apreensão de 13 lanchas, três motos aquáticas, um iate e 18 aeronaves.
Nas contas bancárias, foram bloqueados cerca de 92 milhões e 800 mil reais.
O esquema seria operado a partir de três núcleos: do jogo do bicho, das máquinas caça-níqueis e do bicho eletrônico.
O primeiro grupo controlava o jogo do bicho na Bahia. O segundo fazia a exploração das máquinas caça-níqueis, inclusive com a prática de contrabando das peças utilizadas nos equipamentos e o terceiro era responsável por modernizar o jogo do bicho com a introdução do sistema eletrônico de apostas.