Material superpreto é descoberto ‘sem querer’ e pode ser bastante útil

Acidente foi pontapé para novos experimentos. Ao ver o potencial da descoberta, a equipe de cientistas passou a realizar testes para desenvolver materiais superpretos, seguindo uma tendência de pesquisas que buscam os materiais mais escuros da Terra. Em entrevista ao portal da UBC, o professor Evans explicou que materiais ultra ou superpretos conseguem absorver mais de 99% da luz que incide sobre ele. “É significativamente mais do que uma tinta preta normal, que absorve cerca de 97,5% da luz”, explicou.

Forma mais sustentável de manusear a madeira. O estudo indica que a técnica elaborada não requer etapas de litografia e não gera resíduos líquidos como lixo, sendo mais sustentável do que as técnicas geralmente utilizadas no setor madeireiro.

Estrutura do Nxylon não apresenta alterações ao ser revestido. De acordo com o time de cientistas, o material permanece preto mesmo quando é coberto, por exemplo, com um revestimento de ouro para possibilitar a análise da madeira superpreta com um microscópio. “Isso ocorre porque a estrutura do Nxylon impede que a luz escape, ao invés de depender de pigmentos pretos”, explica o estudo.

Amostras de madeira utilizadas no estudo. À esquerda, amostra não revestida. À direita, amostra revestida com ouro e vanádio. Mesmo com o revestimento, a madeira superpreta consegue manter a sua cor e evitar absorção de luz Imagem: Divulgação/UBC Forestry/Advanced Sustainable Systems

Estudo completo foi publicado na revista Advanced Sustainable Systems. A pesquisa liderada por cientistas da Faculdade de Silvicultura da UBC contou também com especialistas da Universidade A&M, do Texas (EUA) e da Universidade Nacional Australiana.

Possibilidades de uso da madeira superpreta

Astronomia e células solares. Materiais superpretos são cada vez mais procurados na astronomia. Esse tipo de revestimento auxilia na difusão da luz e melhora a clareza das imagens captadas, por exemplo, via telescópio. De acordo com os pesquisadores, a característica superpreta pode aumentar também a eficiência das células solares, além de poder ser utilizada no setor aeroespacial, na defesa contra radiação e em absorvedores solares, incluindo velas espaciais.




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