Vitória da Conquista sedia até o sábado (23) o Lung Sudoeste, no Livramento Palace Hotel. O seminário visa reunir especialistas da oncologia torácica para uma discussão multidisciplinar sobre os avanços e desafios no tratamento do câncer de pulmão.
Para falar sobre o evento, o médico oncologista Leonardo Cunha Costa foi o entrevistado desta sexta-feira (22) no Jornal Band News. Ele também é professor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), mestre pela Universidade de Nova Lisboa, pós-graduado em Oncogenética pelo Hospital Albert Einstein.
Leonardo, inicialmente, explicou os objetivos do evento.
Então, um dos objetivos é a gente fortalecer a oncologia torácica no interior. Eu acho que a gente tem bons profissionais, mas eles precisam estar mais unidos e discutir e trocar experiências nesta área aí, para que a gente possa cada vez mais ofertar tratamento de qualidade na nossa região”
Sobre os avanços nos tratamentos que são discutidos no evento, o médico citou a pesquisa genética, para identificar as características do tumor e facilitar o tratamento.
Leonardo Cunha falou sobre o cenário atual de Vitória da Conquista no tratamento do câncer de pulmão.
Conquista tem realmente uma estrutura boa, tem bons centros de oncologia clínica, tem bons cirurgiões torácicos… então, a gente acredita que o interior vem forte e Conquista, como o interior de destaque, vem muito forte para oferecer tratamento de qualidade”
De acordo com o médico, 90% dos pacientes com câncer de pulmão desenvolveram a doença por conta do tabagismo. Além disso, ele também falou que a maior dificuldade que os médicos encontram é no diagnóstico.
O câncer de pulmão tende a ser silencioso, geralmente ele vai dar sintomas quando a doença já vai estar mais avançada, então a gente chama muito a atenção que aqueles pacientes que são tabagistas e que não pararam ou pararam há menos de 15 anos, eles devem ser rastreados. Você tem que fazer uma busca ativa, então a gente recomenda que ele procure o profissional de saúde e que ele vá fazer tomografias, que pode ser o exame de rastreio, mesmo ele não sentindo nada pra um diagnóstico precoce do câncer de pulmão.”
Por Matheus Guimarães, sob supervisão