Em 2021, o recurso era usado por um terço dos usuários. Ou seja, 1 bilhão de pessoas tiveram seus dados biométricos coletados.
Na época, funcionava só no Facebook e servia para identificar indivíduos marcados em vídeos e fotos. Isso permitia duas funções: notificar os usuários quando fossem publicadas imagens em que eles aparecessem e identificar conhecidos de pessoas com deficiência visual durante áudio-descrições.
Quando nasceu, em 2011, a tecnologia não era mais que um escaneamento do rosto das pessoas e contava com a ajuda dos usuários, convidados a assinalar para o sistema do Facebook se um determinado rosto pertencia a algum amigo.
No mesmo ano em que desistiu de usar a tecnologia, a Meta aceitou pagar US$ 650 milhões para encerrar uma ação coletiva contra o reconhecimento facial movida pelo estado norte-americano de Illinois.
Um ano depois, o estado do Texas processou a empresa e a acusou de violar a lei estadual “não centenas, ou milhares, ou milhões de vezes—mas bilhões de vezes”. Cobrava US$ 10 mil para cada violação. O procurador-geral Ken Paxton acusou a Meta de coletar dados biométricos de milhões de texanos sem consentimento informado, algo que infringia uma lei texana que regula o uso de biometria. Para solucionar a questão, a Meta concordou em pagar US$ 1,4 bilhões em julho de 2024.