Fazenda conectada leva internet para a cidade no ‘coração do Brasil’
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Mesmo dentro da própria fazenda a gente tem distâncias de 18 km para a sede. Antes da conectividade, a nossa comunicação era via rádio amador. Eu tenho boa memória visual e, de tanto mexer nas máquinas, conseguia pelo rádio orientar o operador. Mas, dependendo do problema, tinha que me deslocar para chegar lá só para apertar um botão
Felipe Zmijevski
Unicamp e a consultoria Agricef fizeram um estudo para avaliar se o projeto deu certo. Dados levantados pelas organizações mostram que, na safra 2022/2023, a Fazenda Jerusalém foi 7,6% mais produtiva que as outras de Mato Grosso e ficou 13,4% acima da média do Brasil. Na prática, a lavoura obteve pouco mais de duas sacas a mais por hectare.
A conectividade fez as máquinas trabalharem menos horas e de forma mais inteligente. Quando está ligado, o trator é mais eficiente. O maior controle permitiu reduzir em 5,7% a ociosidade de motor. Isso derrubou o consumo de combustível em 25% — menos 51,2 mil litros de diesel, uma economia de R$ 307 mil. Com isso, as emissões de carbono foram 10% menor, algo como 12,5 quilos de CO2 a menos por tonelada de soja.
Unicampo e Agricef estimam que, se outras propriedades produtora de soja adotassem o mesmo nível de conexão, a economia só em Mato Grosso seria de R$ 1,2 bilhão.
Pilotar essas máquinas não é trabalho braçal, mas exige especialização. A cabine tem ar-condicionado e geladeira portátil, mas o operador precisa lidar com 17 marchas, seguir a rota planejada no computador de bordo e, eventualmente, precisar checar e alterar configurações na tela enquanto a máquina roda.
“O maior entrave hoje na agricultura é a mão de obra qualificada”, diz Zmijevski. Rodrigues, o gerente de operações, concorda.
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