Fantasmas existem? Como cientista cético explica fenômenos paranormais

Por que acreditamos em fantasmas?

Nesse caso, a expectativa desempenha um papel fundamental. Nosso cérebro não apenas processa o que percebemos, mas mistura essas percepções com o que ele “espera” ver com base em experiências prévias. Isso pode nos levar a ver ou ouvir coisas que não aconteceram, especialmente em lugares supostamente assombrados ou durante sessões espíritas.

Outro fator é nossa tendência natural de detectar padrões —um traço evolutivo que nos ajudou a sobreviver. Como explicou French, um homem na Idade da Pedra fugiria imediatamente diante da menor suspeita da presença de um tigre, não importando quão desarrazoada ela fosse. “Se o vizinho dele ficar ali parado até ter certeza [de que não há um tigre], poderia cometer um erro fatal”, disse durante o festival de ciências New Scientist Live, em Londres, conforme relatado pelo site INews, do Reino Unido.

Particularmente relevante é o reconhecimento facial. Nosso cérebro é tão programado para detectar rostos que frequentemente “vemos” faces em sombras ou em padrões aleatórios. E pessoas que acreditam na paranormalidade têm maior probabilidade de ver rostos onde não há.

Falsas memórias também têm um papel. Nossa memória não funciona como uma câmera de vídeo, mas é reescrita toda vez que nos lembramos de algo. Se recebemos informações incorretas ao lembrar de um evento, é possível se confundir com fatos reais.

Há ainda condições médicas que podem explicar alguns “encontros com fantasmas”. A paralisia do sono, por exemplo, pode fazer com que as pessoas se sintam acordadas, porém imóveis, muitas vezes sentindo uma presença maligna: “É como se a mente acordasse, mas o corpo não”, explica French.




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