O deputado federal Waldenor Pereira (PT) e a vereadora Lúcia Rocha (MDB), ambos da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT), escolheram a mesma data para realizar as convenções partidárias para confirmar as candidaturas à prefeitura de Vitória da Conquista.
Os dois garantem que vão manter as chapas isoladas, mas até a realização dos dois eventos, agendados para o sábado (3), as articulações que partem do Palácio de Ondina, em Salvador, tentam unir a dupla em uma única frente contra a atual prefeita e candidata à reeleição Sheila Lemos (UB).
Aqueles que tentam unificar a chapa têm até as 10h de sábado (3), quando a “Frente União e Reconstrução por Conquista”, capitaneada por Waldenor Pereira (PT) e a advogada Luciana Silva (PSB), deverá ser referendada pelos partidos que compõem a aliança (PT, PCdoB, PSB, PV, Psol, PSD e Rede). O evento acontece no Cieb, antigo Centro Integrado, na avenida Frei Benjamin, bairro Brasil (Zona Oeste).
Mais tarde, às 17h, o MDB, Podemos e PRTB realizam a convenção no Centro de Convenções Divaldo Franco para confirmar a candidatura de Lúcia Rocha (MDB) e Marcus Vinicius (Podemos).
Os outros candidatos já realizaram suas convenções:
O União Brasil (UB) oficializou no dia 20 de julho a candidatura da atual prefeita de Vitória da Conquista, Sheila Lemos, e do seu candidato a vice, Dr. Aloísio Alan, para a disputa das eleições municipais de 2024. Sheila apresentou um Plano de Governo coordenado pelo ex-reitor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Abel Rebouças São José. Esta é a primeira vez que Sheila disputa uma eleição como candidata a prefeita, já que em 2020 Lemos entrou como vice do ex-prefeito Herzem Gusmão e assumiu o cargo após a morte do gestor, em 2021. Foram lançadas as candidaturas de mais de 160 vereadores pela coligação “Conquista Segue Avançando”, formada pelo PDT, PL, Progressistas, Republicanos, PSDB, Cidadania, PRD e União Brasil. Na convenção do UB, estiveram presentes o ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, o presidente estadual do União Brasil e deputado federal, Paulo Azi, e Irma Lemos, presidente do partido em Vitória da Conquista.
Já o Avante oficializou na quarta-feira (24) a candidatura de Marcos Adriano à prefeitura de Vitória da Conquista. O anúncio aconteceu no comitê do partido, na rua João Pessoa, no centro da cidade. A candidata à vice é a assistente social, psicóloga e bacharel em direito, Ariana Mota, também do Avante. Essa é a primeira vez que Marcos Adriano vai disputar um cargo eletivo. Com mais de 20 anos de experiência na gestão pública, ele já atuou em mais de 40 prefeituras na Bahia e exerce a atividade de procurador municipal desde os 23 anos. O Avante optou por lançar candidatura sem coligação e apresentou 24 candidatos a vereador.
Você sabe o que é a convenção partidária?
De acordo com o artigo 87 do Código Eleitoral, todo candidato a cargo político deve se filiar a um partido. As convenções partidárias têm a função de reunir os filiados e o diretório do partido para definir quem serão os candidatos que representarão o partido na disputa eleitoral. Durante as convenções, ocorrem reuniões entre os filiados e o diretório para analisar e julgar os interesses dos membros. São estabelecidas as metas, candidaturas, números de urna e possíveis coligações do partido.
A definição das candidaturas oficiais é decidida por meio de votação, que pode ocorrer de forma aberta ou sigilosa. O direito de votar nas convenções é determinado pelo partido e pode ser restrito aos delegados do partido, estendido aos filiados, ou incluir ambos os grupos.
Vitória da Conquista
A cidade é o terceiro maior colégio eleitoral da Bahia, possui 257.784 eleitores aptos a votar em outubro, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A população do município, conforme o Censo 2022 do IBGE, é de 370.868 habitantes. Dos eleitores, 92,46% têm cadastro biométrico e 7,54% ainda não fizeram a biometria. As mulheres são maioria, com 54% do eleitorado. Em termos de escolaridade, 26,91% possuem ensino médio completo, 10,41% têm ensino superior e 3,59% são analfabetos.
Por Ana Carolina Bastos