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Dom Vitor Agnaldo fala à Band sobre o falecimento de Papa Francisco e destaca legado de amor, inclusão e paz

Durante a conversa, Dom Vitor ressaltou o impacto global do falecimento do Papa e destacou o legado, que ele deixa para a Igreja e para a humanidade.

O arcebispo da Arquidiocese de Vitória da Conquista, Dom Vitor Agnaldo Menezes, concedeu uma entrevista exclusiva ao Jornal Band News, na qual falou com emoção e reverência sobre o falecimento do Papa Francisco.

“Nós católicos sobretudo estamos realmente bem… não digo tristes, porque o Papa Francisco não era um homem triste. Era um homem alegre, um homem que buscava ressuscitar realidades, que o mundo buscasse realmente viver o novo que Cristo trouxe para a humanidade, mas uma ausência, uma saudade, uma preocupação com o futuro”, afirmou o arcebispo.

Francisco, que comandou a Igreja Católica por 12 anos, foi lembrado por sua atuação em favor da inclusão, da justiça social e da paz. Dom Vitor comentou a comoção que tomou o mundo: “Pessoas do mundo inteiro, pessoas de fato que de repente não têm nada a ver com religião, mas veem no Papa Francisco um grande estadista, estadista da paz, sempre pregou a paz, a não violência entre os povos.”

Entre os feitos do Papa, o arcebispo destacou a “igreja em saída”, conceito muito difundido por Francisco. “O Papa Francisco, sobretudo, aproximou a Igreja da sociedade, das realidades, dos pobres. O que ele chama de igreja em saída. Essa igreja em saída é uma igreja, digamos, em chave missionária, uma igreja que sai, que vai ao encontro das pessoas”, pontuou.

Dom Vitor também mencionou o engajamento do Papa em pautas delicadas e estruturais dentro e fora da Igreja: “A inclusão das mulheres, inclusive no Vaticano, a luta dele contra a questão da pedofilia na igreja, ele foi muito firme, muito forte nessa questão.” E completou: “Na questão dos pobres, da defesa dos pobres, dos oprimidos, também dos homossexuais. Sempre buscando… Ele, no finalzinho, pediu isso, né? Não excluam os homossexuais, não excluam as mulheres.”

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Ao comentar sobre o momento de polarização global e as possíveis influências no conclave, Dom Vitor foi direto: “Eu espero que o próximo Papa… não teremos um outro Francisco, claro. Cada pessoa é diferente. Mas uma pessoa como Francisco é muito difícil.”

Sobre possíveis sucessores, o nome do cardeal Pietro Parolin surgiu com destaque. “Se for um italiano, eu creio que se for o Parolin, e eu acho que se fosse cardeal, era um dos que eu votaria, né? Parolin.” Dom Vitor também mencionou o cardeal Zuppi, conhecido como “padre das ruas”, como um possível “segundo Francisco”.

A entrevista também abordou o impacto do diálogo inter-religioso promovido por Francisco na própria arquidiocese: “Eu estou aberto a dialogar com todas as instituições, com quem quiser dialogar. Claro que o diálogo é algo de mão dupla, né?”

Por fim, Dom Vitor sintetizou o legado de Francisco numa só palavra: amor. “O amor. Amar além de qualquer segmento religioso ou de fé… Ele não falava às pessoas por uma questão de fé, de religião, mas pela questão do amor. Então, amor a todos.”

A entrevista foi encerrada com um apelo por esperança, guiada pelo Espírito Santo:

WhatsApp Image 2025 04 22 at 16.33.15 1 band fm conquista“Que o próximo seja também um exemplo de carisma, de bondade, de conciliação, inclusão e amor. Além da religião, porque o Papa de fato foi além da religião. Foi realmente um estadista da paz.”

 

Confira a entrevista completa:

 

por Ana Flávia Costa, sob supervisão 

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