Continuando com a série de entrevistas em comemoração aos 184 anos de Vitória da Conquista, a convidada desta terça-feira (5) no Jornal Band News foi a médica e idealizadora e produtora do Feira Cultural Plural, Rosa Aurich, que falou sobre os aspectos culturais que mais representam a cidade.
“Nesse sentido, a gente tem algumas coisas que a gente pode tá falando, seja na música, seja na comida, seja na parte do comércio, que a gente é muito forte, né? Seja na coisa da antropologia mesmo, né? Quem são esses remanescentes que a gente tem, tanto do ponto de vista das comunidades indígenas como dos quilombos, que também fazem parte, né? Eu acho que esse lugar desse encontro dessa linguagem traz a identidade atual, porque ela também vai se transformando. Então, houve uma época que aqui era o entroncamento. Na época dos tropeiros, etc, que era o gado, depois veio o café, Conquista sempre foi uma cidade do comércio, hoje é uma área de educação, serviços, porque também a gente vai se transformando“
Ela também explicou como eventos culturais contribuem para o fortalecimento da identidade cultural de uma cidade.
“Mas eu acho que, de uma maneira geral, a gente pode dizer que os eventos culturais auxiliam no momento em que eles trazem para o cerne da questão a importância da cultura, não só do ponto de vista da apresentação do artista, que eu acho que isso é importante, é relevante, é importantíssimo, mas também reconhecendo o valor da cultura como desenvolvimento econômico, social, sustentável“
A idealizadora também esclareceu como o turismo contribui no trabalho de identidades culturais.
“Então, nesse sentido, eu acho que o turismo, ainda mais agora que a cidade entrou no plano diretor de turismo, e quando isso ocorre, você oficializa o sistema como um todo, as verbas, todo o processo em torno disso, você trabalhar as identidades culturais é de uma importância maior”
Rosa Aurich também falou sobre a Feira Cultural Plural, que acontece nos dias 7 e 8 de novembro:
“Nosso evento, ele é um congresso, na verdade, de produção de conteúdo, onde a gente traz, como representante da identidade cultural, Elomar sobre a perspectiva da música, da poesia e da filosofia. Ele faz a abertura, mas a gente tem outras identidades lá dentro, dialogando. Na verdade, é um presente para a cidade, o que a gente também propõe de entrega“
A médica ainda fez um agradecimento à cidade de Vitória da Conquista, que, para ela, é uma das melhores para se viver.
“A minha mensagem é assim, primeiro agradecer. Eu cheguei aqui há 25, 26 anos, fui acolhida. Todas as minhas coisas da minha vida cresceram aqui. Minha família, meu trabalho, meus outros projetos, estudar, fazer filosofia, encabeçar um projeto como esse, criar laços e constituir um grupo, um coletivo. Então, assim, eu só tenho a agradecer tudo que a cidade me deu e acho que Conquista, de verdade, apesar de não ser daqui, eu acho que é um dos melhores lugares para se viver, sob vários aspectos. Então, para mim, é só agradecimento”
Confira a entrevista aqui:
Por Matheus Guimarães, sob supervisão
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