Como Jordan inspira Acosta com a KTM para seu futuro na MotoGP
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A carreira de Pedro Acosta na MotoGP tem sido meteórica. Ele fez sua estreia na Moto3 em 2021 e conquistou o título em seu primeiro ano. Passou para a Moto2 em 2022 e, embora tenha precisado de uma temporada para pegar o jeito da categoria, dominou em sua segunda tentativa em 2023. Sete vitórias e 14 pódios em um total de 20 possíveis destacaram seu status crescente como um prodígio.
Em 2024, com apenas três anos no paddock, Acosta é o único novato na MotoGP este ano. Mas ele precisou de apenas três corridas para provar que tinha o nível necessário para estar na categoria principal.
Sua luta com Marc Márquez no GP do Catar, o primeiro pódio na segunda corrida em Portimão e o segundo lugar em Austin confirmaram o jovem espanhol como o “escolhido” a que muitos vinham se referindo desde que ele surgiu. Essa explosão inicial, no entanto, diminuiu com o passar da temporada, só voltando a crescer em Aragón e na Indonésia.
As razões para esse “desaparecimento” podem ser buscadas em muitos lugares, mas a realidade menos questionável é a força das motos que a Ducati oferece a seus pilotos. Aqueles que comparam Acosta a Valentino Rossi, Marc Márquez ou Jorge Lorenzo, que venceram em sua primeira temporada na MotoGP, provavelmente não levam em conta que essas três lendas estrearam com a melhor moto disponível na época, embora a concorrência entre os fabricantes fosse muito maior do que agora.
Hoje, a MotoGP está dividida em dois grupos distintos. No primeiro grupo, aqueles que pilotam uma das motocicletas italianas, que competem pelo título, vitórias e pole positions. O restante é medido pelo que a Ducati, que vem dominando há anos com uma estratégia bem pensada e bem executada, deixa para trás.
“A KTM não se trata mais de contratos”
O Motorsport.com conversou com Acosta na Indonésia no último fim de semana sobre o domínio das motos italianas e a dificuldade de outros pilotos competirem com elas. A Ducati desfruta de um monopólio que não deve acabar da noite para o dia, levando inevitavelmente a rumores de que Acosta pode estar procurando uma maneira de sair da KTM no final de 2025 e entrar na Ducati.
Acosta tem sido uma revelação em sua temporada de estreia, conquistando o segundo lugar na Indonésia ao pressionar Jorge Martin por todo o caminho
Foto de: Gold and Goose / Motorsport Images
Quanto tempo durará a paciência de Acosta com a situação atual da KTM antes que ele tente entrar em uma Ducati? É o próprio piloto quem responde a essa pergunta.
“O fato é que meu relacionamento com a KTM não é mais uma questão de negócios ou contratos; agora é uma questão de coração”, diz o jovem de 20 anos, segurando a mão direita no peito antes de acrescentar em um tom quase solene: “A KTM já é uma família para mim”.
Acosta venceu a Red Bull Rookies Cup em 2020. Isso o aproximou da marca de bebidas energéticas e o colocou na órbita da KTM, que, por meio da estrutura da Ajo, lhe deu um lugar na Moto3 em 2021. Esse continua sendo um gesto pelo qual o piloto é grato, já que na época não havia lugar para ele.
Acosta não tem planos de deixar a KTM a curto ou médio prazo para procurar uma Ducati para pilotar, um movimento que todos provavelmente entenderiam e que seria completamente legítimo
Em 2022, em sua primeira experiência na Moto2, Acosta assinou um contrato como piloto da fabricante austríaca, garantindo a ele uma mudança para a MotoGP em 2024 e uma vaga na equipe oficial em 2025, conforme planejado. Lá, ele se reunirá com Aki Ajo, que foi anunciado na segunda-feira como o novo chefe da KTM, substituindo Francesco Guidotti.
A aliança entre Acosta e a KTM contém uma opção de extensão para 2026 e 2027, se certas condições forem atendidas, no que agora é conhecido como um vínculo plurianual. O acordo contém cláusulas muito precisas que, segundo o Motorsport.com, permitiriam que o piloto fosse liberado no final de cada ano.
“Os sentimentos agora vêm antes dos contratos”, diz Acosta. “Estou determinado a puxar a marca e levá-la adiante. Espero que ganhemos um campeonato mundial de MotoGP juntos”.
Michael Jordan como inspiração
A história de Acosta e da KTM lembra a de Michael Jordan e do Chicago Bulls. Quando a franquia selecionou o jogador da Carolina do Norte com a terceira escolha no draft de 1984, era uma das piores equipes da liga. Jordan foi o artilheiro em seu primeiro ano, mas a equipe perdeu a maioria dos jogos e ele recebeu muitas ofertas para se transferir, até mesmo para clubes dominantes e de grande nome.
A ascensão meteórica de Acosta continuará no próximo ano, quando ele trocar sua motocicleta Tech3 satélite por um modelo de fábrica
Foto de: Gold and Goose / Motorsport Images
“Teria sido fácil ir para uma equipe vencedora e ser campeão. A parte difícil foi trazer o anel para Chicago”, lembrou Jordan.
“Ninguém acreditava naquele time [o Bulls], mas eles conseguiram formar um grupo em torno de [Jordan] e o levaram adiante”, explica Acosta, que relembra The Last Dance, a famosa série documental da Netflix que narra a carreira do fenômeno do basquete e do Chicago Bulls, que conquistou seis títulos entre 1990 e 1998.
“Há uma fala no documentário em que Jordan relembra o momento em que parou de pensar apenas em marcar pontos e começou a usar a equipe para ganhar campeonatos. Foi quando ele realmente deixou de ser um grande jogador para se tornar a lenda que todos conhecem hoje”, acrescenta Acosta, demonstrando maturidade além de sua idade.
Acosta não tem planos de deixar a KTM a curto ou médio prazo para procurar uma Ducati para pilotar, um movimento que todos provavelmente entenderiam e que seria completamente legítimo. Sua circunstância tem algumas semelhanças com Marc Márquez, que deixou a Honda – seu próprio Chicago Bulls – para se juntar a uma modesta estrutura satélite na Gresini. Em um ano, esse caminho abriu a porta para a equipe de fábrica da Ducati.
Mas o fato é que Acosta e Márquez não têm nada a ver um com o outro, mesmo que já tenham se encontrado na pista várias vezes.
“Na KTM, com toda a equipe que temos e fazendo a minha parte, podemos formar um grande grupo de trabalho para tentar seguir em frente e fazer desta fábrica uma campeã”, explica Acosta. “Meu grande sonho é ser campeão mundial, mas meu maior desafio é conseguir isso com a KTM”.
Será que Acosta realizará seu sonho de ganhar o título da MotoGP com a KTM sob o comando do novo chefe Ajo?
Foto: Gold and Goose / Motorsport Images
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