Tecnologia

‘Cinema é emoção; vai demorar para IA chegar nisso’

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Como exemplo de uma função essencial ao cinema, mas feita de maneira indispensável por um ser humano, o executivo fala do foquista, responsável por fazer o foco nas filmagens. “Focar é contar história, é jogar o foco na parte que você quer contar.”

Para ele, não deve surgir uma ferramenta, no curto ou médio prazo, capaz de controlar foco, movimento de câmera ou diálogos ao mesmo tempo.

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Ao mesmo tempo que o ambiente de cinema é extremamente controlado, ele também é espontâneo. O ator pode soltar uma fala que não estava no roteiro, por exemplo
Paulo Barcellos

E personagens feitos com IA? Podem ser uma realidade, de modo a integrar grandes produções? Para Barcellos, a inteligência artificial talvez a ajude a produzir ações mais detalhadas, mas vai demorar algum tempo para que isso aconteça.

Paulo Barcellos, CEO da O2 Filmes, durante o podcast Deu Tilt
Paulo Barcellos, CEO da O2 Filmes, durante o podcast Deu Tilt Imagem: Reprodução/UOL

Apesar de jogar um banho de água fria nos entusiastas da IA, Barcellos comenta que há bons usos de inteligência artificial em processos internos do cinema. Para ele, as ferramentas de IA podem ser usadas para prototipar ideias. Dessa forma, é possível descartar estéticas que não funcionem antes de partir para a gravação.



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