Economia

Choque de oferta no Sul não impedirá deflação em alimentos no meio do ano

A marcha projetada dos preços no grupo alimentação prevê alta de 0,5% em maio e recuos de 0,2% e 0,4%, em junho e julho. Em 2023, nestes mesmos meses, a variação de preços de alimentos foi zero, em maio, com recuos de 1,1% e 0,72%, em junho e julho.

Inflação de alimentos mais alta

Mesmo com a dissipação dos efeitos do choque de oferta no Sul, os preços dos alimentos já não repetiriam, em 2024, as quedas observados no ano passado. Nas projeções de Romão, a alta, este ano, já seria de 3,9%. Depois da catástrofe climática no Rio Grande do Sul, suas previsões para a inflação do grupo alimentação subiram para 4,5%, em 2024.

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Mas, como a tendência de outros grupos de preços é de refluxo — caso dos combustíveis, no grupo Transportes, e energia elétrica, no grupo Habitação —, Romão manteve a previsão de inflação cheia, neste ano, em 3,7%.

No caso da inflação de abril, a elevação refletiu os aumentos anuais de preços dos medicamentos, e a prevista retomada de altas em alimentos, depois de um período de deflação. Também altas nos preços dos combustíveis deram sua contribuição. No ano, o IPCA acumula alta de 1,8% e de 3,69%, em 12 meses, recuando em relação aos 3,93% registrados em março.

Tendência é benigna

A tendência para a variação mensal do IPCA até o fim do ano é benigna. Previsões atualizadas indicam altas em torno de apenas 0,2% a cada mês, com exceção de dezembro, com estimativa de elevação 0,4%.


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