Um levantamento divulgado na terça-feira (5) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo da Bahia (Fecomércio-BA) estima que, no mês de novembro, o comércio varejista no estado fature R$ 16 bilhões, período marcado pelas vendas da Black Friday, representando um crescimento de 9% ante o mesmo período do ano passado.
Apesar da data específica, dia 29 de novembro, o varejo realiza promoções e ações ao longo de todo o mês. Vale ressaltar que o setor de veículos foi retirado do cálculo, pois possui uma relação baixa com este momento.
“O bom momento da economia deve elevar as vendas em todas as atividades do comércio, com destaque para os setores de Móveis & Decoração e Farmácias & Perfumarias, que devem crescer 16% e 15%, respectivamente. São dois setores com características diferentes: um mais essencial e o outro com produtos mais caros. No entanto, dada a maior capacidade de consumo das famílias, por meio de emprego e crédito, ambos devem se beneficiar no mês de novembro”, pontua o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze.
O presidente do Sistema Comércio BA, Kelsor Fernandes, aconselha aos empresários que ofereçam descontos realmente atrativos, mesmo que numa parcela menor dos produtos em estoque.
“Com a internet e o acesso às informações, o consumidor sabe qual é o preço normalmente praticado e se a oferta é ou não vantajosa. Vale sempre destacar as promoções por meio do PIX, pois essa modalidade de recebimento é imediata, reduzindo a necessidade de crédito para a antecipação de recebíveis”
Em nota, a Fecomércio aponta que o setor que sempre chama mais atenção no período é o de Eletrodomésticos e Eletrônicos, que deve apresentar um crescimento de 10% no comparativo anual.
Ainda contribuem para a alta no mês as atividades: supermercados (9%), Outras Atividades (4%) e Vestuário, Tecidos e Calçados (3%).
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) da Fecomércio-BA indica que o porcentual de empresários do setor que afirma que o nível de estoque está acima do adequado é similar ao do ano passado, em 28%, o que sugere menos oportunidades de preços especiais.
“Isso se deve ao forte crescimento do varejo neste ano, que tem permitido aos empresários circularem seus estoques sem muitos problemas. No entanto, sempre haverá produtos com menor saída que continuarão com preços vantajosos para abrir espaço para os estoques de Natal. Mesmo assim, é necessário destacar o cenário econômico mais favorável para as famílias do Estado. A taxa de desemprego na região é a menor em 10 anos e, com a inflação mais baixa, de pouco menos de 4%, há um ganho imenso do poder de compra, o que vem sustentando as vendas no varejo e não será diferente em novembro”, contextualiza o consultor econômico.