A Bahia tem seis das 10 cidades com mais mortes violentas intencionais no país, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na quinta-feira (18). O estudo se refere aos números de 2023, comparados com os de 2022.
Camaçari, na região Metropolitana de Salvador, registrou 90,6 mortes a cada 100 mil moradores. Os outros municípios baianos no top 10 das cidades mais violentas são: Jequié (com 84,4); Simões Filho (75,9); Feira de Santana (74,5); Juazeiro (74,4) e Eunápolis (70,4). Jequié, no sudoeste baiano, também aparece com outro destaque negativo: é a cidade brasileira com mais registros de mortes violentas intencionais provocadas pela polícia no ano passado. Segundo a pesquisa, o município tem uma média de 46,6 mortes provocadas pelas forças policiais a cada 100 mil habitantes.
Nos dados por capitais, Salvador lidera o ranking de mortes violentas intencionais em 2023. Segundo a pesquisa, foram 1.474 casos no ano passado, contra 1.577, em 2022. Apesar da redução, a cidade está à frente do Rio de Janeiro, segunda no ranking (1.438). Manaus completa a lista das três capitais com mais registros, de acordo com o levantamento. Já as cidades de Florianópolis (com 50 casos), Cuiabá (84) e Boa Vista (94) foram as três capitais com menos registros de mortes violentas intencionais, em 2023.
A Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) informou que investe em tecnologia, inteligência, equipamentos, capacitação e reforço dos efetivos para combater as organizações criminosas que violentam as comunidades. A pasta disse que as forças de segurança atuam dentro da legalidade e destacou a redução de 13% nas mortes violentas no primeiro semestre de 2024.
De acordo com a SSP, os meses de maio e junho deste ano foram os que tiveram menos mortes violentas desde a série histórica, iniciada em 2012. No entanto, não houve um posicionamento sobre os dados de 2023 trazidos pelo Anuário da Segurança Pública. A SSP ainda destacou que nos últimos 18 meses, as ações policiais resultaram nas prisões de 27 mil criminosos, na localização de 88 líderes de facções e nas apreensões de 9 mil armas de fogo, entre elas, 95 fuzis.