Por Fabrizio Gallas – Dois argentinos fizeram baixar um pouco a euforia com João Fonseca e mostraram que o brasileiro precisa ainda de maturidade onde somente o trabalho duro fará com que o brasileiro a alcance.
O primeiro Mariano Navone nas quartas do Rio Open e nesta terça no ATP de Santiago com Thiago Tirante, número 100 do mundo. O carioca mostrou todo o seu peso de bola no fundo e no saque, mas acabou perdendo nos detalhes. Após o jogo, Tirante enalteceu o brasileiro e detalhou a tática usada para tentar anular o brasileiro: “Bolas profundas e mexendo ele no fundo de quadra, se deixá-lo desconfortável da linha de base” além do pensamento positivo que em alguma hora o brasileiro baixaria no segundo set. Foi o que ocorreu.
A situação da quadra, que é deplorável, pesou, mas é a mesma para os dois. As condições de rapidez do jogo também uma vez que o carioca chegou com um ou dois dias menos de adaptação que o adversário, mas como se pôde ver, a diferença foi nos detalhes.
O nível de jogo por si só das duas últimas semanas mostra que o brasileiro tem jogo para encarar e ganhar dos top 100, a questão é maturidade de jogo, horas na quadra, entendimento tático de acordo com o adversário e a questão física. É natural para um garoto de 17 anos ainda estar em formação e pecar em dados momentos nesse aspecto. Então por isso é preciso paciência. Vão ter grandes vitórias e terão algumas derrotas que o torcedor pode não gostar, mas fazem parte do processo e do aprendizado.
Agora o foco muda e João vai para o piso duro de Indian Wells onde disputa o quali e provavelmente até a chave principal em Miami.
Curtinhas:
Boa estreia de Thiago Wild em Santiago. A quadra 2 é seca, mas parece em melhores condições que a central. O paranaense joga nesta quarta na central contra Arthur Fils. O francês não vem bem no início da gira de saibro o que pode ser uma boa oportunidade para o brasileiro. Se vencer, o top 70 é garantido.
